Eu, minha mãe, meu pai, minha avó, meus dois irmãos (dois, porque já havia nascido Mariana) e mais um casal com seus quatro filhos viajamos para os EUA. Foi uma viagem inesquecível.
No parque encantado, talvez a brincadeira mais emocionante tenha sido a que vou contar agora. Nada de splash, montanha russa ou castelo mal-assombrado. Legal mesmo era apostar corrida com o carrinho da minha irmã mais nova. Mas como assim?
Nós alugávamos uma cadeira de rodas para mim, então sempre uma das crianças empurrava minha cadeira pelo parque e uma outra empurrava o carrinho de minha irmã.
Um dia, enquanto os adultos estavam no restaurante, resolvemos apostar uma corrida básica. Quem estava empurrando minha cadeira era o mais velho da turma, de mais ou menos quinze anos. A velocidade já era muito alta, podia sentir o vento batendo no meu rosto. O chão era de pedrinhas e, no encontro com uma um pouco maior, a cadeira travou e eu fui. Para onde? Direto com o rosto no chão.
O rosto ficou simplesmente em carne viva. Foi horrível, mas foi engraçado. Fiquei duas semanas sem sair nas fotos, mas valeu a pena tudo que passamos.
Coisas para guardar na memória.
Brincar foi, para mim, fundamental porque eu pude vivenciar as mesmas coisas e sensações que as outras crianças. Apesar das diferenças eu também podia brincar, correr os mesmos riscos de me machucar, sem que isso fosse considerado um problema especial. E isso me fez sentir o gosto de ser simplesmente criança.
Crianças
Vivem num mundo de fantasia
Seus pais são sempre os heróis.
Outras pessoas são seus bonecos,
Fantoches,
Fadas,
bichos,
bruxas.
Seu mundo é um parque de diversão ou um castelo encantado que,
Um dia,
Se desfaz,
As luzes se apagam
E a criança se torna um adulto.
Ah, se todos os adultos fossem apenas crianças grandes!
Até mais,
bjo,
Carol
1 comentários:
Adorei!!!
Divertido e inteligente. bjão
vanessa
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