Refletindo sobre a inclusão, ela é tão difícil?


        Como eu disse ontem, hoje vou terminar de falar sobre o comentário da Mari. A Mariana foi à pessoa que me acompanhou durante o Ensino Médio, colegial, em seu comentário, ela questionou sobre a atuação dela e da escola com relação a mim, segundo ela; “O trabalho que o colégio fez com você foi muito bonito e pra frente em relação a muitas outras escolas, mas você não acha que, uma vez que a criança não pode se valer do recurso do registro escrito, por exemplo, não deveriam ter sido pensadas outras maneiras de você realizar as atividades ou as cópias? Questionei bastante o trabalho que eu e a escola fizemos. Suas provas não deveriam ter sido orais, ou fazendo uso de um computador? Seu registro da lousa não deveria ter sido uma cópia das anotações do professor, ou uma foto da lousa, uma xerox de um caderno, as atividade não deveriam ter sido adaptadas para uma forma que você conseguisse responder sozinha...?

Pensei muito sobre essa reflexão e tentei fazer um olhar diferente, ou seja, quero olhar como a profissional que sou hoje e ao mesmo tempo com a minha vivencia. Eu como uma pessoa com deficiência, lembro e sei que fui totalmente incluída na escola, digo e repito, a escola, a Mari junto com Jô e a Renata, que foram as outras duas pessoas que me acompanharam antes da Mariana e claro não posso esquecer dos meus pais, sempre fantásticos, fizeram, juntos, um excelente trabalho comigo.
Naquela época, uns 17 anos atrás, não se ouvia a palavra inclusão, não sei dizer se essa palavra hoje é hipocrisia ou uma utopia, mas enfim pensando atualmente, a Mari está certa, um aluno com as necessidades parecidas com as minhas, pode e deve ter uma qualidade melhor do que eu tive. Não é difícil a escola fazer provas orais, propor que o registro da lousa seja uma cópia das anotações do professor, ou uma foto da lousa, são coisas bem viáveis para uma escola, não requer uma “volta ao mundo” para fazer essas mudanças. Mas requer quebra de paradigmas, preconceitos, aqui é que está o X da questão! Vou dá um exemplo para tentar explicar, a minha escola, talvez, não tenha pensado nessa estrutura que a Mari falou, porem quando ela me “aceitou”, ela supriu as minhas necessidades e me viu como uma aluna comum, sem  preconceitos.


Mari, saudades! Espero que você e todos continuem participando do blog!

Até mais,
bjo,    
Carol 

1 comentários:

UMA MÃE PARA TRÊS

Muito bom, vou pensar em sugerir algo novo, na escola de minha filha,bjs.

" As pessoas têm medo das mudanças. Eu tenho medo que as coisas nunca mudem". Chico Buarque
 
Carolina - Um sonho a mais não faz mal
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