No final
do ano passado, dei uma palestra num importante órgão de classe sobre “o
cotidiano da pessoa com deficiência e as possibilidades de inclusão social”
Talvez o mais certo seria falar “o cotidiano da pessoa com deficiência e a
crueza da realidade da exclusão social”.
Ao final da palestra, uma boa surpresa: o
convite inesperado para fazer parte da comissão de luta pelos direitos das
pessoas com deficiência. Fiquei honrada, pois não esperava tal convite. E aí
viajei... Viajei na ideia de poder contribuir com minha experiência de vida e
os conhecimentos que ando construindo sobre o tema. Viajei e esperei o dia em
que fosse atuar de alguma forma na comissão. Até hoje espero a convocatória de
alguma reunião.
Já um
tanto desiludida de que isso acontecesse, fiz uma busca na internet para me
lembrar do nome do presidente da tal comissão. Para minha surpresa, outra
surpresa inesperada, ao rolar a página, a sensação foi de rolar uma escadaria
abaixo: eis que vejo o meu nome na lista de colaboradores da comissão. Com os
pedaços de mim que pude reconstituir após a queda na escadaria, pensei: são
nomes ou pessoas que constituem uma comissão?
Nomes
precisam ser citados para quê? Tornam algo mais visível? Deixo a resposta para
vocês me darem, porque estou ainda focada na dor que essa história me causou.
A saga
continua... mas fica para um próximo momento. ( Se esta história te toca de
alguma forma, compartilha. Quem sabe mais pessoas lendo, a gente consegue mudar
a cultura da invisibilidade de alguns grupos sociais)
Até mais,
bjo,
Carol
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