Ainda falta muito a aprender quando o assunto é inclusão


Estava numa reunião com meu pai, em uma empresa, com o objetivo de fazer um trabalho personalizado sobre inclusão com os funcionários da casa.  Estava com a equipe que cuida do setor responsável por acolher a diversidade nesta empresa. No meio da conversa, depois que já havíamos falado sobre a importância da convivência com o deficiente sem melindres na interação, uma das responsáveis por esta equipe faz a seguinte afirmação para o meu pai: “Nossa, como a gente aprende com eles!”
 
Não aprendeu nada...

Primeiro não aprendeu que falar “eles” na minha presença, me tira da conversa e fala sobre uma categoria da qual  faço parte como mais um no coletivo, mas não como pessoa real que estava ali buscando construir um trabalho conjunto.
Segundo, não aprendeu que, ao se trabalhar em prol da diversidade, não cabe mais falar em “nós” e “eles”, porque a barreira aí está posta. Se a diversidade está inclusa então somos todos “nós” a ensinar e a aprender.
Saí de lá com a sensação de que nada ia acontecer. Bingo. Nem mais uma palavra sobre o assunto. A justificativa da falta de verbas cai como uma luva para esses momentos em que a invisibilidade deve permanecer.
Seremos invisíveis até quando?

Até mais,
bjo,    


Carol


0 comentários:

" As pessoas têm medo das mudanças. Eu tenho medo que as coisas nunca mudem". Chico Buarque
 
Carolina - Um sonho a mais não faz mal
Design por João Elias - Topo ↑