Semana
passada, eu ia indicar a leitura da reportagem da revista Veja, sobre o direito
de morrer. Saiu essa matéria, porque o Conselho Federal de Medicina mudou a
conduta do médico ao reconhecer a legitimidade do testamento vital, isso é um
documento que a pessoa registra o tratamento que quer ter quando a morte se
aproxima.
Eu
sou a favor desse documento, acho que a pessoa tem sim o direito de escolher
entre prolongar o “sofrimento” ou deixar que a vida se encarregue de acabar com
toda aquela angústia, dor, a falta subjetividade. É, porque a gente sabe, quando
entramos em um hospital, viramos, apenas, um corpo, ou pior, um objeto,
esquecem que é um ser humano, que precisa ser respeitado, ter dignidade, enfim
ser cuidado como ser humano. Quando falo, ser cuidado como ser humano, estou
das atividades, simples, do cotidiano, como um bom banho, com a temperatura da água
como a gente gosta, com a porta fechada, manter, sempre, fechada, afinal UTI não
é uma exposição de corpos! Um outro cuidado que médicos, enfermeiros e qualquer
outro profissional tem que ter, é cumprimentar, sempre, o paciente, mesmo, se
estiver sedado e não falar dele, na frente, como se ele não estivesse ali.
Acredito
que esse novo documento, vai fazer com os profissionais e a família olhe para o
paciente como um ser humano, pensando mais no desejo dele e menos nas próprias necessidades.
Até porque, quando estamos perdendo uma pessoa amada, é complicada, difícil aquele
momento que temos que decidi, parar tudo, não tem mais jeito, deixa-o nas mãos de
deus. A gente, sempre, quer tentar mais um pouco, procurar outras opiniões, não
aceitamos a morte facilmente, claro, queremos ficar perto de quem amamos,
perder jamais.
Mas,
pensando racionalmente, agora, o paciente
que está vivendo em uma cama de UTI, tudo furado, cheio de medicação, sendo
cuidado por sabe lá quem, longe da família, dos amigos, é que tem que decidi,
ele que sabe o que é melhor, quais são as necessidades, vontades.
Acho
que o testamento vital, vai fazer com olhamos para o paciente como o ser humano
que ele sempre foi e como uma doença, um corpo estragado!
Até mais,
bjo,
Carol
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