O sujeito escravo da cultura, da mídia?


     Vou indicar um belo texto do blog da Lola Aronovich. O post é sobre cultura de estupro, a autora fala de como a sociedade  incentiva o estupro, como a cultura tem o poder de tornar algo anormal em algo comum, corriqueiro. Para isso, é claro que a cultura conta com a ajuda da mídia, dos publicitários.

 Lola para falar da cultura do estupro, dá como exemplo, o comercial da Nova Schin (o comercial abaixo), uns amigos, estão bebendo na praia, um deles, fica olhando para as mulheres, indaga para os outros: “Já pensou se a gente fosse invisível?”. Nisso as latinhas de cerveja estão flutuando, simulando a fantasia que, nesse momento, é em realidade. Lógico que os homens invisíveis, estão passando a mão na bunda das mulheres que estão no mar, brincando com um cara que está jogando frescobol, enfim estão fazendo de tudo na praia. Entram em um vestiário feminino, as latinhas começam a abrir a porta e as mulheres correndo, apavoradas.





Esse comercial que tem, um certo, humor, usam, mexem, abusam das mulheres, segundo a autora, em 2009 a lei deixou de considerar estupro somente quando há penetração vaginal. Que bom, é porque o homem pode abusar da mulher e não necessariamente precisa penetrar. Sendo assim, os amigos invisíveis estão cometendo um estupro!
 Como eu disse no inicio do post, a cultura tem o poder de tornar algo anormal em algo comum e conta com a ajuda da mídia! Olha o domínio que elas exercem sobre o sujeito, sobre a sociedade, isso é incrível!

    
        O texto da Lola é ótimo, vale a leitura.



Até mais,
bjo,    
Carol 




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