Você que
está lendo deve estar pensando que vou falar de alguma coisa óbvia, do tipo:
inclusão, discriminação, limitação, enfim qualquer coisinha do gênero, mas não.
Passei o
Dia das Mães, no Rio, na casa da minha avó. Quando pequena, morei lá alguns
anos, cresci naquele prédio. Na época, tínhamos uma turma de crianças, era uma
farra. O tempo passou, fazia tempo que não via ninguém.
Domingo,
estava indo embora, indo para o carro, dou de cara com um cachorro, grande e
solto. Claro que começo a dar um escândalo, tenho pânico de cachorro. Ele
estava doido para pular em mim e eu alucinada, maluca. Foi uma loucura, meus
pais me segurando e o dono tentando pegar o bicho..
Controlada
a situação... Após o cachorro estar preso e a louca, sem noção, parou de gritar
e sapatear!
O rapaz fala: oi Carol!!!
Quanto tempo!!! Sou o Daniel, lembra???
A
vergonha ficou pior do que já estava!!!!
Brinquei
muito com o Daniel quando criança!!!
Agora, claro, ele lembra de
mim por causa da minha bendita deficiência!!!! Afinal eu e ele mudamos muito,
lógico, crescemos. O que não mudou foi a minha "amiga" paralisia
cerebral e aí, é fácil me reconhecer!!
Resultado:
passo vergonha dupla, uma pelo show que fiz com o cachorro e outra dele me
reconhecer!!!
Meu desejo era estar com
uma mascara, mas nem isso ia adiantar, né????
#umsonhoamaisnaofazmal
#paralisiacerebral
#pessoacomdeficiencia
#medodecachorro
#vergonha
Até mais,
bjo,
Carol
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