Um pouco mais sobre moradias assistidas

Ainda sobre as moradias assistidas, assunto do meu post de quarta-feira, que gerou polemica. Eu dei não a minha opinião, mas sim uma visão, visão de uma pessoa com deficiência, que fica com medo de cair em um lugar longe da minha vida!!!!! 

No entanto eu sei, entendo, compreendo o Que a Sulamita fala quando dar a ideia das moradias assistidas. Então vamos saber mais sobre o porquê moradias assistidas com Sulamita.

Ai vai:

      A verdade é que vivemos num país onde não existe politicas públicas. Como você, Carol, e o Gabriel tem uma família com irmãos que com certeza irão ampara-los.
Infelizmente a realidade de muitos outros é diferente O que fazer com aquelas várias mães e deficientes que ficaram sozinhos, a mãe ou outro cuidador que não tem mais condições de carregar seus filhos, dar banho, sair para fazer compras e deixa-lo só?
 Precisamos cobrar mais estrutura, acessibilidade, inclusão, centros de convivência, cuidadores pagos pelo estado e também instituições e moradias assistidas sérias que acolham aqueles que perderam suas famílias ou que os pais não conseguem mais cuidar por velhice ou doença. Essa é a realidade de muita gente. Deficientes severos não tem como se virar sozinhos. Se não cobrarmos mais instituições, moradias assistidas que cuidem desse pessoal que não tem mais ninguém que olhe por eles o que será deles?
 Os depósitos de gente existem sim, mas com a permissão de pais omissos, quantos não abandonam os filhos em instituições? Quantas escolas também não são depósito de gente, está aí a inclusão que não me deixa mentir. Essa inclusão não está segregando? Tudo isso existe por falta de fiscalização, de cobrança. Não sou contra instituição, nem moradia assistiva, nem contra a inclusão sou contra a falta de fiscalização e dos direitos violados. O conceito de tudo isso acima é que está errado.
Tudo nos moldes do abandono, segregação, do qualquer jeito e do faz de conta. Visitei várias entidades que acolhem deficientes... Claro saí deprimida, é o conceito e a maneira de agir e trabalhar com a pessoa com deficiência é que precisa mudar, sair do estigma de coitadinho. As instituições e moradias assistidas precisam existir mas com um novo conceito. A proposta é não segregar mas somar, criar oficinas dentro das instituições, motivação para se desenvolverem como pessoas e seres humanos. Precisamos olhar para outras possibilidades e ir à luta para as mudanças necessárias. Depende do nosso olhar a mudança.

Muito obrigada Sulamita pela participação!!!!!!!!!!!!!!!!



Até mais,
bjo,    


Carol

0 comentários:

" As pessoas têm medo das mudanças. Eu tenho medo que as coisas nunca mudem". Chico Buarque
 
Carolina - Um sonho a mais não faz mal
Design por João Elias - Topo ↑