Briga de criança

O início de minha vida escolar foi na escolinha do prédio onde eu morava e marcado por experiências nada pedagógicas. Pensando bem, até houve uma certa aprendizagem.

Eu tinha um coleguinha, de nome André, que adorava me bater sem motivo aparente, aliás, até hoje não sei o porquê de tanta bolacha (em São Paulo, eu teria de dizer porrada, mas como sou carioca...). Não lembro do que sentia e nem das cenas de violência. Minha mãe, minha avó, todos ainda lembram e falam desse bendito colega, mas eu o apaguei da memória. O que vou contar é fruto das histórias que me contam sobre essa época.

Um belo dia, meu irmão, que sabia de todas as histórias entre mim e esse garoto, resolveu dar-lhe uma lição. Pegou a chave da dispensa de limpeza do prédio e o trancou lá. Vale a pena lembrar que a escolinha era dentro do condomínio onde morávamos. A professora demorou para dar falta da criança que, quando foi libertada, estava aos berros. Sua mãe, que era amiga da minha, entendeu as razões de Gustavo e não ligou para o fato.

Mas foi somente depois de um outro episódio que André passou a me respeitar. Certo dia, em aula, estando distraído, travei meu braço em seu pescoço, dando-lhe um golpe mais conhecido como gravata. A professora permitiu até um certo momento, pois, como disse à minha mãe depois, ficou feliz com a minha atitude.

Pude então aprender a me defender e impor respeito.


Até mais,

bjo,

Carol

0 comentários:

" As pessoas têm medo das mudanças. Eu tenho medo que as coisas nunca mudem". Chico Buarque
 
Carolina - Um sonho a mais não faz mal
Design por João Elias - Topo ↑