Hoje
vou deixar o post por conta da Ana
Raquel Périco Mangili, o texto fala sobre felicidade, muito bom!!! Não vou
apresentar a Ana, pois ela mesma vai se apresentar. Fuiiiii!!!!!!!!!!
Ai vai o texto
Olá a todos!
Meu nome é Ana Raquel P.
Mangili, tenho 18 anos, sou do interior do estado de São Paulo e curso o 1º ano
de Jornalismo na Unesp. Sou portadora de Paralisia Cerebral do tipo distônica,
que afeta minha coordenação dos membros superiores e pescoço, e possuo perda
auditiva sensorioneural moderada, decorrente também da anoxia, por eu ter
nascido prematura.
Conheci a dona deste blog, a
Carolina, através de contatos por e-mail, e como gosto de escrever, ela me
propôs publicar alguns de meus textos aqui. Adorei a oportunidade e agradeço-a
por isso.
Espero que gostem do meu texto
de estreia, rsrs. Escrevi-o durante estas férias de meio de ano, e tive como
inspiração meus papos com a Carolina e com outra grande amiga minha, Tânia.
Deixo aqui o link do meu Ask.fm
(http://ask.fm/AnaRaquelPMangili) caso
queiram fazer alguma pergunta ou saber mais sobre mim.
Pequenas reflexões sobre a felicidade e
ideias afins
A tão cultuada e idealizada
felicidade existe de fato? Há como viver todos os dias de nossas vidas, tão
complexas, cem por cento felizes? Ou o que existe são pequenos momentos de
alegrias? Mas, independentemente dessa consideração, ainda resta uma dúvida:
como viver satisfatoriamente a jornada de nossa existência?
Parece-me que a chave para
esses momentos de felicidade é a autoaceitação. Conhecer-se a si mesmo, suas
limitações e suas capacidades. Cada ser humano é único e possui o seu valor. As
mudanças em sua vida só ocorrerão junto com a sua autoconsciência. De outro
modo, como se poderia mudar algo que você não conhece, o seu próprio interior?
Somente a partir do autoconhecimento é que virá o progresso, pois este não
ocorre ao acaso, e sim com planejamento, que consiste em considerar as opções e
as possibilidades que a vida nos oferece e tecer o nosso futuro no constante
jogo de equilíbrios entre o possível e o impossível, entre sonhar alto e fincar
os pés no chão.
Porém, o ato de conhecer-se a
si mesmo é um dos maiores desafios que poderemos enfrentar. A consciência
humana é inconstante, feita de experiências, memórias, emoções, instintos,
lapsos, caos. Um verdadeiro universo está dentro de nós. Um universo que varia
com o tempo e o espaço onde vivemos. E é com esse universo, com essa bagagem
interna, que apreendemos e compreendemos o mundo exterior.
E então surge outra dúvida.
Será mesmo que a realidade existe, tal como ela se apresenta aos nossos
sentidos? É impossível separar totalmente a imaginação da realidade, porque o
nosso próprio modo de apreensão do real é subjetivo. Há dois polos opostos que
constituem a percepção humana: o indivíduo e o mundo. A realidade se forma no
constante intercâmbio de informações entre essas duas extremidades. Mas, e se
durante esse fluxo interminável de impressões, algo se perder no caminho? Será
exatamente nesse momento que começa o abismo criatura-mundo?
Esse abismo seria como um muro
intangível, a principal companhia dos tímidos e retraídos. A barreira que nos
faz achar que nascemos na época histórica errada, no local errado, e que não
pertencemos a lugar nenhum. O obstáculo que nos faz sofrer e pensar que somos
únicos, diferentes e incompreendidos.
Mas, na verdade, as pessoas que
não se adequam ao mundo são as melhores adaptadas e preparadas para entendê-lo.
Somente aqueles que não se ajustam, que não se conformam com suas condições,
buscarão as respostas e a compreensão do que ocorre à sua volta. Sem incômodos,
não há mudanças; sem derrotas, não há vitórias. A busca de si mesmo e da
compreensão do mundo é uma longa jornada, que deve ser trilhada por todos nós.
Com certeza haverá inúmeros fracassos e decepções pelo caminho, mas suas
recompensas nos serão insubstituíveis: o autoconhecimento e os nossos momentos
de felicidade.
Ana Raquel P. Mangili.
Ana, obrigada pela participação aqui no blog, quero mais!!!!!!!!!!!
Até mais,
bjo,
Carol
0 comentários:
Postar um comentário