A aceitação e os questionamentos da deficiência


       Já falei, muito, sobre a aceitação dos pais, perante a deficiência do filho, também já discorrir sobre a própria aceitação. As duas são complicadas, difíceis, são completamente diferentes  e acontecem, normalmente, em períodos distintos.

Vou fazer parentes, para não ficar algo genérico, falar de deficiência é muito amplo, então para ficar claro, estou falando de “problemas” surgem na gravidez, no parto ou logo após o parto, como por exemplo, Paralisia Cerebral, Síndrome de Down e dentre outras.
Normalmente, a pessoa com deficiência vai tomando consciência da sua deficiência na adolescência, pois na infância, a criança até percebe algo, chega em algumas situações a questionar, mas é, ainda, muito superficial. Eu, por exemplo, as vezes, dizia: “ah, vou fica boa!”. Querendo ou não, a criança, de fato, não tem mecanismo para aceitar ou não a deficiência, aqui cabe, muito, os pais, de aceitar e fazer com que a criança tenha uma infância saudável.
 É na adolescência que começa a percepção da deficiência, das, possíveis, limitações na vida, as comparações, as questões de qualquer adolescente e assim por diante. Tem então o processo de aceitação, com apoio e amor dos pais, com base que teve na infância. Como eu disse é um processo, longo, doloroso, difícil, muito chato, sem uma data especifica para terminar, mas tem fim para muita gente, ainda bem!!!!
 No entanto os questionamentos continuam, como a Daniela disse  ontem no facebook: “Questionar a própria deficiência sempre acontece em algum ponto da vida do próprio PC com o cognitivo preservado ou das famílias e isso não tem qualquer relação com se aceitar ou não, são coisas distintas...”
Não tem como, alguém achar o “maximo” ter uma deficiência, seria fugi do real, explico melhor com outra fala da Dani:  “eu tenho varias coisas que eu adoraria fazer de pé,andar de skate,correr...e por ai vai. O que eu acho é que ter o cognitivo preservado é que te faz perceber o mundo como um todo,onde você se encaixa,o que consegue e o que não. Sou muito feliz por ser quem eu sou e como sou,se eu não fosse deficiente não teria metade da visão de mundo que eu tenho. Mas não posso ser hipócrita e deixar de dizer que adoraria que algumas coisas fossem diferentes =)”.

Até mais,
bjo,    
Carol 

2 comentários:

Mari Hart

acho que aceitar é o 1º passo rumo a felicidade com a condição, afinal dá pra ser feliz de diversas formas, e pq não com limitações, seja cognitiva e/ou física!? vejo que as mães em sua grande maioria não tem essa percepção e sofrem egoístamente. mas isso é assunto pra um outro post! rs..

Bjos Carol!

Lilian

Oi Carolina!
Eu sou amiga da Dani e também portadora de pc,uma sequela com cognitivo preservado.
Maravilhosa postagem.

" As pessoas têm medo das mudanças. Eu tenho medo que as coisas nunca mudem". Chico Buarque
 
Carolina - Um sonho a mais não faz mal
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