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19 março 2010

Primeira proibição na Faculdade de Psicologia (continuação)

Admitindo que eu assustasse mesmo a criança... e daí? Este teste era para ser aplicado em crianças normais, escolhidas por nós e seu objetivo era verificar nossa atuação durante a aplicação. Assim, as falhas que existissem deveriam ser trabalhadas. Ao me negarem o direito de aplicar o teste, negavam-me também o direito à aprendizagem. Além disso, a justificativa era a de que eu assustaria a criança e não os pais. Mas também fui proibida de fazer a entrevista com eles.
Pela minha resistência em aceitar tudo isso, o diretor da clínica psicológica lançou-me um desafio dizendo: me prove cientificamente que você não vai provocar alteração no teste da criança. Mais um equívoco muito comum em casos semelhantes ao meu: eu ter de provar que posso, que sei, que penso.
Mas ai, naquele momento, senti-me rendida. No dia da aplicação do teste, fiquei, mesmo discordando, na sala de espelho, sem som ou qualquer outra possibilidade de eu acompanhar o que estava acontecendo na sala de terapia. Foram três momentos de realização desse teste. Três dias em que fiquei atrás do espelho, sem poder participar de modo algum.

Até mais,
bjo,
Carol

Um comentário:

  1. Maria Fernanda Thomé24 de março de 2010 às 17:12

    Carol, me lembro disso como se fosse hoje e espero realemnete que a cabeça desses profissionais formados e pós graduados em Psicologia tenha mudado.Revoltando. Felizmente você é muito maior do que tudo isso.
    Medo devemos ter do preconceito.
    beijos querida

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Obrigada pela participação, ela fundamental!!! Em breve eu respondo.